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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mimo!

    Hoje estou naqueles dias em que se acorda e parece que não tenho chão.
                No telemóvel não tenho o número de ninguém, não tenho mensagem de ninguém, não tenho ninguém a quem dizer o que quer que seja.
                Sinto saudades do que nunca vivi, sinto que perdi o que nunca foi meu… Parece que ando aqui a tentar viver uma vida que não é minha, que não me pertence e que estar aqui ou não estar é exactamente a mesma coisa. Nem sequer faz sentido desistir de querer o que quero, porque não tenho ninguém a quem dar satisfações disso. É um sonho exclusivamente meu sem pés na cabeça que só se alimenta da minha ilusão. Vou desistir do quê? Para quem? Com que finalidade?
                Manter as mesmas teorias soa a birra e teimosia. E só de pensar em voltar a começar do zero já me deixa cansada só de imaginar. O que antes era concreto já não soa tão convincente neste momento, principalmente quando nos deixam com a sensação que independentemente daquilo que fizermos ou provarmos, os dados já estão viciados e vão acabar por cair sempre do mesmo lado.
                Para isso já nem vale a pena dizer mais nada. Já sou a única a manter a esperançadas de coisas boas, a tentar mudar alguma coisa e também a única a meter-me onde não sou chamada, onde já não é suposto ter lugar, num momento em que para os outros já chega de tentar, já chega de achar que vai ser diferente. Se calhar a minha teoria já não tem mesmo lugar... Eu é que imaginei que já estava perto!! Mas não estava nada...
               
                (óptima altura para estar com falta de mimo)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Livro de instruções para o modo “shopping”

 - p.f. não entrar a comer dentro das lojas (muito menos deixar copos de Sunday’s caídos nos provadores)

 - sair 5 minutos antes do fecho (nunca 20 minutos depois, a dizer “ainda vão ter de arrumar isto tudo?”)

 - não pedir peças de roupa às funcionárias que não se tem intenção de comprar.

 - atenção, muita atenção, nunca se mantenha na fila da caixa quando a intenção é pedir algum artigo, ou tamanho ou o que quer que seja. Dirija-se antes, a alguma das outras funcionárias que circulam pela loja. No caso de não existir alguma, então dirija-se à menina da caixa, mas pela lateral e tente chamar a atenção da mesma, sem a interromper no seu trabalho (pedimos que já leve um exemplar da peça que quer adquirir e seja explicita no tamanho que pretende).

 - a resposta à pergunta “só tem tamanhos M?” não a vai esclarecer. Porquê que não tenta antes perguntar directamente se tem o tamanho que pretende?

 - escusado será dizer que mandar roupa para o chão, para cima dos móveis e nos cantos das lojas está completamente fora de questão.

 - quando a funcionária lhe diz que só existe tamanho XL em armazém, não adianta perguntar “nem M’s?” porque a resposta vai ser a mesma…

 - é feio cutucar o braço da funcionária quando ela está a atender outra pessoa, da mesma forma que também é feio falar muito em cima das pessoas.

 - o lado de dentro da caixa é só para funcionários, o lado de fora é que é para os clientes.

 - quando pede um tamanho a uma das funcionárias, não vá baixar-se a ver calçado na outra ponta da loja porque a funcionaria não tem radar.

 - as funcionarias das lojas não tem formação para descobrir que tamanho vestem pessoas  imaginarias que elas nunca viram à frente, tenham elas 1,70m ou 1,50m.

 - se as funcionarias das lojas se dão ao trabalho de por roupa em exposição é para que os clientes possam mexer, não peçam os tamanhos sem antes confirmarem se existem na loja.


 - até é simpático da vossa parte tentar pendurar a roupa nos cabides e ir coloca-la ao sitio… o pior é que se esquecem que uma cabide mal colocado no sitio vai destabilizar o resto que lá está e quando a próxima cliente tentar retirar algum dos cabides vai engatar naquele que está mal e emaranhar aquilo tudo… Já para não falar do facto que estão a dar o dobro do trabalho. É que alem de a funcionária ter de voltar a pendurar, tem de conseguir primeiro “despendurar” o emaranhado que vocês fizeram ali para que aquilo não caisse… por isso é que pagam a alguém para pendurar roupa nos provadores! E pagam-lhe para fazer isso… bem feito!!!

 - por amor de deus, se acontecer algum dia por azar accionar o alarme da porta ao passar (ou porque comprou alguma coisa noutra loja e se esqueceram de retirar o alarme, ou porque é algum acessório usado que infelizmente voltou a activar o alarme interior, ou mesmo porque a funcionária da própria loja se esqueceu de o retirar… etc), por favor.. SAIA DA BEIRA DA PORTA  porque até a pobre funcionária que quer falar consigo para conseguir resolver a situação não consegue por causa do barulho do alarme que não pára de tocar e assim também consegue evitar aquela discussão sobre se sentir embaraçada por estar toda a gente a olhar (realmente se não tivesse feito tanto barulho talvez as pessoas até ignorassem e a senhora passasse despercebida).

 - não trate as funcionárias por “tu” muito possivelmente elas não andaram consigo na escola.

 - quando quiser efectuar a troca de uma peça de roupa que usou durante o fim de semana, alegando que nunca foi usada, por favor, pelo menos não se esqueça de retirar os lenços de papel dos bolsos.


                Agradecemos mais sugestões
                               A Gerência.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Quando a coincidencia é tanta!

Considero que todos os pormenores que nos acontecem na vida podem ser sinais que nos orientam no caminho que devemos seguir e que muitas vezes as coincidências não são simplesmente coincidências. Cabe-nos a nós ter a sensiblidade necessária para perceber os sinais.

Não é que ontem à noite adormeço a pensar no Spartans e hoje acordei e tinha uma mensagem dele!?! Depois de mais de um mês sem dar noticias... É que há coisas!!!

É só pa me deixar na dúvida, ainda por cima disse que tinha contratado um detective para me procurar e que nem ele me tinha conseguido encontrar. Claro que era só para se meter comigo, mas avisei-o logo que ele nem precisava, afinal tinha sido eu a encontra-lo nos sonhos =P

Lady's Night

Hoje é lady's night! =D
Tem de se aproveitar a última noite antes de começar o sacrilégio... =P
Véspera de feriado com uma garrafa de vodka de oferta... Oh god! Pior, pior, pior vai ser mesmo ter de ir trabalhar cedo, ainda por cima deste as 13h até às 00h só com meia hora de entrevalo... É o que dá arranjar dois trabalhos em época natalicia.

O outfit é selvagem, mas só no padrão. Vestido de cetim leopardo, so mini, but so glamourouse. O cabelo também é wild volumoso e meio ondulado. Lábios rouge e eyeliner preto. O sapato é castanho e acrescentei umas caneleiras de pelo que fiz. ;)

Só espero que dê para matar saudades das noitadas com a minha Best Frient ^^

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mod

    Estado do Blog – modo pimp
(a minha querida Kitty vai refrescar aqui os ares e ver se põem isto bem decoradinho)
               
                Estado pessoal – modo happy
(como eu costumo dizer, estou limitada a ser feliz… há quem tenha outro tipo de limitações, eu tenho esta... que hei-de fazer? – amanha vou à formação do meu outro novo trabalho)

                Estado com o Babe – modo pause
(parece que ta tudo bem (?), mas nada se resolve, nada se discute, nada se projecta… mas está tudo bem…)

               
                Futuro estado do Blog – modo top

                Futuro estado pessoal – modo busy

                Futuro estado com o Babe – modo boss

E vou dormir que amanha acordo cedo

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domingo, 28 de novembro de 2010

The real me is back! (happy!)

                Já estou em “forma” again!

                Motivos:

• vi o Babe;
• recebi sms’s bonitas do Babe;
• a Girassol convidou-me para ir às compras;
• já recebi (ordenado);
• comprei prendas de Natal;
• quase caí e ri-me bué à custa disso;
• a Piranha apareceu a rondar e eu ignorei-a totalmente;
• ouvi música alto astral no carro em volume 35 com direito a interpretação e tudo.
• o Sporting empatou (não que eu estivesse interessada em saber, mas já que me disseram fico contente).

Pois é, vi o Babe (só podia :P), cruzamo-nos em modus sociali (acompanhados), cumprimentamo-nos com dois beijinhos (tão lindo! Só m apetecia saltar-lhe para o colo, mas não podia, estava de mini-saia xD) fiquei ali, feita barata tonta com um sorriso idiota, até a Girassol me dizer “vamos?!” e eu acordar para a vida e seguir caminho =D. Também recebi assim uma mensagem dele com coisas bonitas escritas, com interesse em saber do meu quotidiano para o dia seguinte e com informações sobre o dele também (tantooooo! Ora essa, nem era preciso!) só porque lhe mandei uma mensagem antes de entrar a trabalhar a dizer “*” =D… Estou muito feliz! Já nem pedia mais nada, mas quando fiz intervalo fiz a tentativa e ainda trocamos mais umas 3 ou 4 sms’s… Deveras impressionante!
As minhas novas caneleiras cor-de-rosa da H&M

A Girassol convidou-me para ir com ela às compras e eu gosto de receber convites das minhas amigas para estas coisas e como já tinha recebido o ordenado, com direito a subsidio e tudo, senti-me à vontade para gastar mais uns trocos. Como não encontrei nada para mim que gostasse assim muito, (além de umas caneleiras cor-de-rosa da H&M), comprei coisas de homem, para oferecer (adivinhem para quem!). Pois claro que comprei para o Babe um casaco da adidas, daqueles comuns que eles costumam ter, com carapuço e tal. Espero que ele goste, escolhi vermelho com as riscas brancas por ele ser benfiquista (ainda tenho de ponderar se ele merece receber uma prenda de natal, ou não). Comprei também um casaco para o meu irmão da Zara que eu adoro porque é forrado a pelinho. Já lhe mandei a foto para ele ver se gostava, é que só lhe vou poder dar em Janeiro e depois não há trocas.
O casaco que comprei para o Babe
O casaco que comprei para o meu irmão
Ahh! Consegui superar as minhas expectativas e fazer uma figura ridícula numa loja, que até agora ainda não percebi como fui capaz daquilo (de mini-saia), foi mais ou menos tipo isto http://www.youtube.com/watch?v=lBT4-EXqddo&feature=related mas na vertical, para cima e para baixo a andar para trás, mas sem cair, mas também sem me conseguir por direita… olhem, nem sei explicar, perguntem à Girassol, que talvez ela consiga descrever sem se rir (muito). Deumelivre! Um buraco por favor!

A Kitty disse-me hoje “parece que a tua amiga esteve aqui!” e eu “quem? A Piranha”, ela “yahh, qualquer dia vou-me descair e dizer-te quem ela é…” e eu “ nem penses!”. Pois é, parece que a Piranha voltou a aparecer lá no trabalho e voltou a ser ignorada (bem feita). Essa gaja foi uma das que andou com o Babe antes de ele “andar comigo” e também trabalha por lá. Foi ele que me falou dela e sinceramente não sei como é que ele conseguiu andar com alguém tão “triste”. Quando nós começamos a andar, ela ainda insistia em faladrar para ele e sinceramente, é com base nas várias atitudes infelizes que ela foi tendo nessa altura, que eu a passei a considerar desprezível.
Todas as minhas amigas que trabalham comigo sabem quem ela é, menos eu, que sou uma cabeça no ar e nunca reparo em ninguém. E pelo que me consta ela passa a vida a ir ao meu local de trabalho (que é um lugar público) sei lá bem fazer o quê, mas como eu não reconheço, para mim nem diferença faz. Se calhar já olhei para ela milhares de vezes e continuei com o meu ar indiferente. Ela claro que deve achar que eu sei quem ela é por isso vai para lá pavonear-se para ver se me irrita – coisas de gaja (mas não todas). Eu até fico contente por continuar sem a reconhecer e quero manter-me assim, na ignorância, fica mais fácil de lhe ser indiferente de uma forma convincente, já que é a mais pura verdade, ela passa-me completamente ao lado, é apenas mais uma que por ali passa.
A Girassol é que não apoia muito a ideia, diz que qualquer dia ela vai lá aparecer, e eu, na minha inocência, vou tentar ser prestável, e ela vai-se passar a achar que eu tenho uma grande lata, e ainda vou levar uns tabefes lol. Era hilariante, sem dúvida xD. Até nem me importava de apanhar, só para que ela se apercebe-se que tinha andado este tempo todo a fazer figuras ridículas, sem que eu sequer soubesse da sua existência ;).

Estou a pensar amanha de manhã, acordar cedo e ir tomar o pequeno almoço com o Babe antes de ele ir trabalhar J, que acham?

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sábado, 27 de novembro de 2010

Uiiii... Belisquem-me, belisquem-me que eu não estou em mim!

                Nem tenho reacção, depois de receber uma mensagem destas no telemóvel. Não é que no meio das frases simplesmente cordiais apareceu um “Para mim, és a pessoa mais linda do mundo. Admiro-te mesmo!”… Estarei a ler bem? Ele está bem? Só se ele estiver a reflectir sobre a paciência que eu tenho tido, é que só pode… É de louvar! E pensando bem, nem de longe nem de perto sou a melhor pessoa do mundo (espero que o “linda” seja a referir-se ao interior), nem a melhor pessoa que eu mesma poderia ser, mas com ele tenho tentando ultrapassar-me a mim mesma, de verdade. Nunca fiz absolutamente nada para o magoar, nada para o prejudicar, nem nas minhas intenções ou pensamentos e as minhas expressões sempre mostraram o que eu sinto (as palavras é que às vezes não saiam).

                A reflectir nisso e no seguimento do pensamento “eu não mereço estar a passar por isto” lá dou por mim a pensar no outro lado da moeda. Será que já fui injusta com alguém e por isso esteja a ser punida? Tentando abster-me de todas as desculpas que poderia dar a mim mesma como motivo para ter magoado alguém, relembro situações em que tive plena consciência que fui má, aliás, continuo a sê-lo por vezes.

                Ponto 1:
                A minha mãe. Nunca tenho más intenções, mas muitas vezes não tenho paciência, e acabo por falar de uma forma bruta (mesmo sem chegar a extremos, sei que às vezes só a minha expressão já não deve ser boa de se ver), porque simplesmente era a hora errada, porque acordei com os pés de fora, ou porque insiste em paparicar-me com algumas coisas (e eu detesto).
Já constatei o facto de que me sinto incomodada quando sinto obrigação de agradecer alguma coisa à minha mãe. Quando sou eu que tomo a iniciativa de pedir alguma coisa, tudo o.k., mas quando ela se lembra de me dizer “olha, amanha como vou ao hospital aproveito para entregar lá a tua folha de isenção para não pagares aquela urgência, assim não tens de lá ir de propósito!”, fico azul. Se fosse qualquer outra pessoa, não resistiria em esbracejar um “obrigada” e ele tinha mesmo toda a razão para existir, mas eu não me sinto à vontade com esse tipo de afinidades com a minha família, apesar de isso existir pontualmente entre eles, eu não partilho dessa prática. Eles nunca me habituaram a isso, desde miúda que a minha opinião nem considerada opinião era. Tudo o que era praticado com eles era sempre em função deles, nunca sobre o que eu gostava de fazer. Nunca sequer tiveram curiosidade em saber que tipo de pessoa eu me estava a tornar, como se fosse um dado adquirido que eu seria um projecto standard até fazer 18 anos, com as acumuladas birras, teimosias e infantilidades da idade e nada mais.
Eles não sabem quem eu sou e eu também nunca fiz questão de dizer, já que sempre que se dirigiam a mim, era para dizer tudo, menos aquilo que eu precisava ouvir. Então tomei a partir daí a atitude de “entra-me a cem, sai-me a duzentos”. Se não ajudam, ao menos não atrapalhem! Eu sempre quis fazer as coisas à minha maneira, sem ter de dar satisfações a ninguém, por isso não gosto que se metam na minha vida. Isso tornou-me, auto-suficiente de modo a deixar de ter gosto em lhes agradar, em ter em conta a opinião deles, em ter algo para lhes contar ou momentos para partilhar. E na verdade até lhes agradeço, são menos opiniões a ter de ponderar quando necessito de tomar decisões e ensinou-me a conseguis abster-me de outras situações que me possam surgir na vida e que me perturbem.
Pronto, vem daí o meu incómodo em fazer pedidos, em receber agrados, ou em agradecer. Mas nada disso me dá o direito de ser estúpida, cruel ou insensível quando a intenção que vem é boa, e apesar de o orgulho ser o meu pecado capital, eu não me orgulho dele e sei que o devia anular se de facto me quero considerar uma pessoa justa. É complicado gerir a situação, mas eu juro que penso sobre isso e em muitos momentos tento ser mais agradável, pelo menos com aqueles que ainda tentam ser agradáveis comigo.

Ponto 2:
Acontece que com aquelas pessoas que me rodeiam diariamente, amigos, colegas ou conhecidos, nem sempre tenho o melhor feitio. No trabalho, não tenho papas na língua e sou mesmo muito crítica – qual foi a parte de “isto não é para deixar por aqui espalhado” que não percebeste? – mesmo à bruta. E eu sei que se falasse assim para mim própria me passava lol. E sei também que algumas pessoas ficam magoadas comigo, mesmo sabendo que eu digo aquilo assim, mas nem penso mais no assunto e se for preciso da próxima vez que passar, já estou a dizer uma palhaçada qualquer. Já na minha vida social sei que às vezes acontece assumir que as pessoa deviam entender quando estou em dias bons ou menos bons e comportarem-se de acordo com isso e quando tal não acontece às vezes não dá para ter uma conversa que valha a pena (vá lá que as crises de besta quadrada desse género não me atacam muitas vezes, pelo menos, não com os meus amigos, se bem que o Pimpolho levou com o tau no outro dia).

Ponto 3:
Tenho a certeza que existiram momentos em que fiz coisas que não deveria ter feito com pessoas de quem gostava muito, numa de vingança a outras coisas que me fizeram a mim, mas que não justificam a má atitude. Nunca o fiz com o propósito de as magoar, mas sim com o propósito de as deixar de ter em conta, de lhes deixar de lhes dar conhecimento, de lhes perder o respeito, de ser egoísta e pensar só em mim e fazer aquilo que bem me apetecia. Algumas nem sequer tiveram noção dessas atitudes em concreto, mas sentiram na pele a minha atitude de indiferença em geral e só por eu saber disso, ter consciência da minha atitude, já é suficiente para eu ter faltado ao respeito a mim mesma e ter perdido a chance de fazer merecer e valer a pena a oportunidade que me foi dada.

Ponto 4:
E aquelas pessoas que posso ter magoado por efeito colateral, sem elas terem culpa nenhuma? Como por exemplo a esposa do Babe. Eu não sei se ela sabe da minha existência ou não, mas eu sei da dela e acredito que a posição dela não seja fácil. E que não seja fácil ela imaginar que outra pessoa possa estar a quer “ficar” com aquilo que ela quer para ela. E acredito que noutra situação ela até poderia ser alguém com quem eu simpatizasse ou até mesmo já me passou pela cabeça que ela possa ser alguma das autoras dos blogs que leio e que admiro.
Com blog ou sem blog eu já a admiro por “afinidade”, partilhamos o mesmo objecto de desejo e só por isso já tenho a certeza que é uma mulher de bom gosto. Nunca ele mencionou nenhuma falha dela ou teceu qualquer tipo de comentário evasivo sobre a relação com ela e eu aprecio isso nele, quer dizer que lhe tem respeito e isso é bonito. Leva-me a querer portanto, que se ele lhe tem respeito é porque ela se sabe dar ao respeito. Admiro-a também pela capacidade de manter uma relação com ele (que tem um feitio de bradar aos céus quando quer) por tantos anos e que tenha tido um filho como fruto dessa união. Ela tem todo o mérito e todo o meu respeito. Já disse ao Babe que é a única mulher para quem eu realmente admitia perde-lo, todas as outras seria um insulto para mim.
A atitude que eu posso assumir para com ela é de respeito solidariedade e abstenção. Por mim esta situação não existia e lamento que as condições sejam estas, mas com certeza é tão desagradável para mim como para ela… ultrapassa-me. Espero que ela não tenha consciência de que existe alguém na expectativa de manter uma relação com o Babe, porque o que os olhos não vêem o coração não sente e acho que seria desnecessário e não iria facilitar, só tornaria a situação mais desagradável para ela e consequentemente para ambos. Para mim, antes de eu existir, eles já tinham um problema em mãos que só aos dois diz respeito, se se amam e se conseguem manter uma relação saudável e feliz para os dois e só então e se for o caso de eles decidirem separar-se, é que se justifica eu ter um papel, não em substituição do dela, mas o meu. Não quero que o meu lugar seja a ocupar o lugar de outra pessoa, quero ter o MEU lugar e ela terá sempre o lugar dela, aquele que ambos decidirão que será. Além de tudo, ela não saber que eu existo seria um alívio, não teria o peso na consciência que o meu desejo afecta o bem-estar de alguém a quem eu não desejo mal nenhum.

Lamento todas estas situações, tenho consciência delas e batalho comigo própria todos os dias para as melhorar e me tornar numa pessoa mais merecedora das coisas boas da vida. Vou tentar sempre mais e melhor até ao fim da minha vida. Quero empenhar-me mesmo nisso. Quero fazer valer a pena!

*

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Aquilo que uma simples frase consegue expressar

                Acabei de ler agora:

                “A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter a intenção de amá-la.” Bob Marley

                A sério! Como eu já pensei isto tanto, com tanta vontade de bater em alguém e depois penso melhor e o que eu queria mesmo era conseguir virar as costas…

                Nunca me responde às mensagens. No máximo responde-me à primeira e depois… Até me deixa a pensar “Será que sou eu que estou a pedir muito? Será que estou a ser chata?”, é que trocar 3 ou 4 mensagens por dia, com alguém que se tem em stand by, nem é muito pois não? E se ele gosta de mim, então não seria suposto achar uma chatice comunicar comigo. Tudo bem que às vezes me dá uma grande vontade de começar a pressiona-lo para falar daquilo que interessa, claro que eu quero saber se realmente me quer… Mas depois só me apetece nem falar de nada, só ter a oportunidade de estar em contacto. Fico com tantas saudades!
                Hoje nem tanto, cruzei-me com ele pessoalmente, mais uma vez e voltou a tratar-me como se estivesse tudo bem e maravilhoso. Ri-se muito para mim, mete-se comigo e acaba por me deixar a achar que sou completamente maluca da cabeça e que estou a fazer uma tempestade num copo de água. Mas então porquê este feeling de que tenho um castelo de cartas? Eu não falo nada, não faço papel de insegura, limito-me a desfrutar do momento, a pensar que pode ser a última vez que tenho o prazer de estar ao lado dele… Ridículo, eu sei, mas aquilo que eu penso é que se for mesmo o último não quero ficar com remorsos de não o ter aproveitado com coisas boas. Vou-lhe dando umas achegas sobre isso de saber que pode ser a última vez, para ele também não pensar que eu ando aqui toda iludida, ele só sorri! E apazigua-me o coração, pode ser mera ilusão e ele realmente ainda não ter tomates para terminar de vez a relação, mas no estado em que eu estou, já nem quero saber. Ilumina-me, acende aquela luzinha no fundo do túnel. É verdade que ainda tenho esperança (rezo todos os dias).
                Já nem me conheço. Não costumo ser assim, normalmente consigo controlar tão bem os meus sentimentos e nunca me deixar inferiorizar, nunca me submeter ao bel prazer dos outros… Mas agora não consigo e isso só me leva a achar que estou perdidamente apaixonada. Se não é paixão então não sei o que é (já ronda a obsessão e o vicio, eu sei, mas nem quero pensar nisso dessa forma). Na verdade, a única razão para eu andar completamente descompensada, deve-se inteiramente ao facto de ele não falar de absolutamente NADA comigo. Não sei nada do que lhe vai na cabeça, não conheço as suas dúvidas, nem os seus dilemas, nem o que ele pensa serem os prós ou os contras de uma relação comigo ou em voltar para a mulher, nem as expectativas para comigo… e nem adianta perguntar porque não obtenho resposta e depois além de continuar na ignorância ainda me sinto ignorada que é pior…
                Por isso estão a imaginar o meu pânico quando ele me diz que esta a falar com a esposa (note-se, até onde sei, estão separados)… Bem, não vamos mais falar disso!

                Gostei muito do dia de hoje (não tanto como eu espero um dia gostar), no mínimo foi bom para aliviar um bocado a tensão, vai-me valer por uns dias. Obrigada!

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

As noites!

Quando veio, com aquele jeito tão natural, a compor-se como um poema mais-que-perfeito, fez-me comprometer a dar-lhe a mão e a querer desejar o eterno… a delirar no prazer de amar aquele beijo sentido. Só então eu soube como seria voar num momento em que era dona do vento. E depois… partiu sem me levar, deixou-me ficar no gelado, a sentir medo do vazio que trago... foi-se o aroma sonhado de tantas noites mais. Eu nem o seu nome conheci… Eu não sei quem perdi…

terça-feira, 23 de novembro de 2010

I’m back again!

                Meu dito, meu feito! Ok, não meu, mas dele…
                Sexta-feira passada, tinha combinado tomar café com a Girassol antes de irmos trabalhar. Estacionamos no parque e disse-lhe para entrar e ler a carta que tinha feito para o Babe. Entretanto vi o carro dele chegar mas nem quis olhar muito. Quando descemos para o café ele já lá estava. A Girassol fez-me o favor de o cumprimentar com direito a beijinhos e tudo e lá fui eu também por arrastão, já sem saber onde me enfiar, mas pronto, nem vou comentar a favor ou contra.
                Depois lá recebo a tão esperada mensagem a perguntar se podíamos conversar. Claro que sim! Vá, não foi muito mau, não me deixou a morrer na ansiedade. Fiquei contente pela iniciativa.
                O resultado é que não sofreu muito desenvolvimento… Por sugestão dele, fomos jantar, que decorreu como se nada tivesse acontecido, muito à maneira dele resolver os assuntos (claro que me senti bem de provar um pouco dos velhos tempos) e também, falar de assuntos sérios a comer não é o meu forte. A sobremesa é que já foi séria! No meu carro, por sugestão minha e muito à minha maneira de não ter paciência para criar contexto, dei-lhe logo a carta antes de começar a pensar muito e para arrumar de vez com o assunto. Ele só abanava a cabeça, ora para um lado, ora para o outro…
                “Agora deixaste-me confuso! Tens de me dar tempo para pensar.”… Hum…? É só isso que tens para me dizer? Chamas-me aqui para termos uma conversa, a pensar eu que pela tua iniciativa, me terias alguma coisa interessante para dizer, mas afinal… esfumou? Ok, está muito bem!
                Depois fico eu a bater naquela tecla. Mas afinal porquê a confusão depois daquela carta? Será que estava com intenções de me meter os patins (e no entanto, durante o jantar foi super querido e atencioso) e com a carta ficou reticente? Ou efectivamente estava com intenções de se reconciliar e a minha carta deixou-o chocado? Não percebo qual é dúvida… Mas se calhar já sou eu que sou retrógrada e tenho duas palas… Vá-se lá saber!
                Deixou-me com a dica de “Vai, mas volta! Isto quer dizer tudo!”… Quer dizer tudo ou não, naquela cabeça é tudo muito efémero, por isso mais vale ir a contar.

                Quando apanhava uma seca descomunal no aeroporto no Sábado de manhã, reli a mensagem que ele me tinha mandado, aquela que tinha originado toda esta situação e não sei porque carga de água, já não me pareceu um rompimento definitivo, mas mais um pedido de tempo indefinido para pensar… Não sei se era eu que tinha as emoções muito à flor da pele, ou se o facto de ter lido aquilo quando tinha acabado de acordar me distorceu as ideias, se foi realmente a sensação que me deu, ou a atitude que ele teve depois que originou a dramatização, mas de facto não me lembrava daquela sms assim. Estou tão confusa que já nem sei o que pensar.

                Para adicionar à festa, disse-lhe no primeiro dia fora, que tinha chegado bem, trocamos umas mensagens amorosas, ele disse que depois me ligava. Eu esperei, ou melhor, nem pensei sobre o assunto e quando pensei, fartei-me de esperar que ele ligasse. Então enviei-lhe uma mensagem a falar da tal situação de ter relido as mensagens e das conclusões que tirei, ou melhor, das que não tirei; disse-lhe que se ele queria tempo para pensar que eu lho ia conceder; que ia esperar e disse-lhe também que ele nem precisava de responder! E não respondeu…

                Cheguei e enviei-lhe uma mensagem a avisar e a perguntar se ele estava bem!
                Respondeu-me exactamente neste preciso momento para me dizer que sim e que tinha chegado agora de Braga. Liguei-lhe e tentei puxar assunto, mas ele avisou logo que ainda estava confuso (!”#$%*&/?)… “Ainda? Há assim tanta coisa em que pensar? As variantes são sempre as mesmas, o que falta é tomar decisões!”. Não sei se devia ter dito isto ou não, mas tenho o coração perto da boca e não consigo compreender como se pode cismar tanto num assunto.
                A liberdade pela qual nós tanto lutamos e que tanto ambicionamos, é ter oportunidade de escolher, de tomar decisões… O nosso destino é traçado segundo as nossas escolhas… enquanto as pessoas não se decidem e não fazem opções, nada muda, nada anda para a frente! Que interesse tem ficar parado no tempo quando o tempo não pára e se esgota? Não torna a decisão mais fácil, não muda as consequências, então para quê perder tempo? (Inspira, expira…)

                A ideia da mensagem seguinte é, que o adoro mesmo quando o odeio, que tenho saudades e que queria que ele falasse comigo mesmo que fosse para não falar de nada… Espero que ele tenha entendido!

                Tenho de pesquisar sobre mitologia! É supermassiva (seja lá o que isto quer dizer)!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Constatação de factos – a calmaria

Hoje falei com a Girassol por telefone e fiquei mais tranquila e confiante. Isto de ter uma psicóloga privada dá resultado!

Ela diz que mais cedo ou mais tarde o Babe virá falar comigo e pela lógica isso é realmente o mais óbvio que possa acontecer. Mas também, se o óbvio não se aplicar ao caso dele, eu também posso sempre sugerir, de forma cordial e pessoalmente (já se viu que pelo telemóvel nem vale a pena), que possamos ter uma conversa, no caso de eu achar que continuo a precisar de lhe dizer a minha opinião. A Girassol considera importante que eu lhe diga aquilo que penso, eu também considero sempre isso importante, mas no caso dele, esta conversa vai mexer bastante com o meu lado emocional e daí pode acontecer que não corra bem e eu fique ainda mais frustrada (como já é costume acontecer, quando quero falar com ele e acabo por não conseguir dizer nada daquilo que queria). Ela diz que então, quando essa conversa for acontecer, me dá um relaxante muscular para eu não me sensibilizar demais e me libertar da ansiedade para conseguir organizar as ideias na minha cabeça, de forma a conseguir expressa-las (lol, nunca precisei disso para ter uma conversa coerente e fundamentada, mas como o caso dele consegue fugir a todas as minhas “regras”normais…).

Claro que existe sempre a hipótese de ele se recusar a falar comigo e aí também me vai subir o orgulho à cartola! Mantenho a minha postura, mas também passa a ter o meu desprezo! Uma coisa é ter ideias fixas, outra bem diferente é ser inflexível e usar duas palas! Se se armar em trinca espinhas então também vai deixar de merecer o esforço. Se é insensível passa a ter a minha insensibilidade também.

Ou entretanto, até ele se decidir ou não a vir falar comigo, pode ser que eu perca a vontade de gastar palavras e então as coisas fiquem por ali (espero que não, não quero que a desilusão de abata sobre mim)… Se após isso ele ganhar vontade e a mim continuar a não me apetecer (não, não vou ignorá-lo como ele me fez), pelo menos entrego-lhe a carta para ele ler, já que na altura os meus pensamentos eram para uma despedida definitiva… ate se enquadra no contexto.

Até lá mantenho-me na minha. Amanha vai ser o último dia antes de ir à Suíça para visitar o meu irmão e a minha primeira sobrinha e futura afilhada (lindah!) e quando voltar já será a próxima terça-feira, já se terá passado uma semana e até lá muitos pensamentos me terão passado pela cabeça no meu “pseudó”retiro espiritual. Uma semana é o tempo que a Girassol acha que poderá ser necessário para ele colocar as ideias no lugar e que eu também lhe devo ceder esse espaço. Eu também estou de acordo que tenho de respeitar a decisão dele, apesar de não ser o que me dá mais vontade (o que eu queria mesmo é que ele me ligasse logo amanha de manhã – alias, agora demanha -.-‘ – e me dissesse que estava muito arrependido e cheio de saudades minhas) e de para mim não ter existido necessidade nenhuma disto tudo, enfim! Mas também o que é que eu vou fazer, andar de pau atrás dele? Cada um sabe de si e eu não sou ninguém para dizer o que cada pessoa deve ou não fazer. Se ele considerou que precisava que fosse assim, então que seja, cá estarei eu para me adaptar à situação com espontaneidade… I hope!

O que eu posso dizer é que depois desta conversa me enchi de esperança de que isto é só uma dificuldade e que logo, logo, terei bons motivos para escrever. Ai… Adoro o meu Babe!

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tudo tem um propósito!!

                Quero acreditar que tudo da nossa vida tem um propósito, nada pior de imaginar do que nada na minha vida ter um sentido, que não estou cá para cumprir missão nenhuma e que quer eu esteja, quer não, pouco importa.

                Quero acreditar que existe mesmo uma força maior que nos une e nos orienta a todos no nosso caminho… e que juntos criamos tipo uma onda.

                Quero acreditar que não me cruzei com ele por mero acaso, que estava mesmo previsto que as nossas vidas se aproximassem e que fossemos importantes um para o outro…

                Não que ele não tenha sido importante, mas só isto? (Entenda-se que não me refiro à qualidade, mas sim à quantidade…) É mesmo suposto acabar aqui? Será que ele não me ama mesmo o suficiente para criar algo especial? Ou sou eu que estou a dramatizar e como geralmente acontece à humanidade, são os caprichos impossíveis que nós mais queremos ter e nos recusamos a abdicar? Não costumo ser dessas coisas… Não! Recuso-me piamente a acreditar que um mero capricho me faz sentir assim… Um capricho não se mantém perfeito por tanto tempo e não acontece assim inevitavelmente como um íman.

Será que foi o início diferente que me fascinou? Mas tem sempre que começar por algum lado, por algum pormenor! Um amigo (Golden) disse-me uma vez que quando criamos confusão na cabeça das pessoas, por momentos podemos entrar no inconsciente delas e leva-las a acreditar naquilo que nós queremos… Se calhar ele criou-me confusão e eu rendi-me… Faz sentido! No inicio parecia que eu não me comportava como eu própria, parecia uma miúda com formigueiro na barriga sempre que nos encontrávamos (ahhh! Tão bom!!). Mas para mim a confusão não foi confusão nenhuma… Ainda bem que existiu, mesmo que não propositada.

Tive outro amigo (Kutxi) que além de me dizer que eu penso demasiado sobre as coisas e que sou demasiado precipitada/radical, me disse que eu só me iria render a um amor que me fizesse lutar e ter de esperar e ter de ir com a calma que eu nunca tenho… Ou melhor, nunca uso. Já dizia William Shakespeare que a paciência requer muita prática! Eu simplesmente não gosto muito de a praticar. Neste caso talvez a espera não me incomodasse porque eu estava perto dele, principalmente quando estávamos juntos, eu sentia-o junto de mim. Ok! Não muitas vezes, daquelas vezes que estava distante e não falava, parecia que estava do outro lado do mundo, mas quando ele estava perto, valia a pena ter esperado.

E ainda há o caso daquela senhora que me leu as cartas naquele momento caótico da minha vida e me disse para eu não me preocupar, que a minha intuição me ia guiar no bom caminho e que dificilmente eu me iria enganar com as pessoas… Não me acredito que me tenha enganado logo com ele! Não me costumo iludir assim, não pode ser sido só ilusão minha, eu senti, ia e voltava (havia feed back), foi real, era intenso! A Taróloga também me disse que eu ia encontrar alguém com quem ia viver algo intenso, sincero, preenchedor, sem mentiras, mesmo genuíno… Ela disse que seria em Maio, mas em Maio nada apareceu. Acho que posso ter sido eu que sofri demasiado na expectativa e por isso adiei o processo (não considero nada bom saber o Futuro, fico demasiado impaciente para que aconteça e depois é uma desilusão quando nada surge, mas pronto, valeu a pena naquele momento, pelo menos criei um objectivo no Futuro e libertei-me do Passado… Fui-me libertando!). Mas só podia ser dele que ela falava… Tudo com ele era tão perfeito! É normal que não encontrar nenhum defeito numa pessoa que nos dê motivo para nos afastarmos dela? Com ele era assim, fico fula da vida de não ter tido oportunidade de viver uma linda história de amor… Porquê que é tudo tão complicado? Devia ser simples! Quem quer que seja que nos orienta deveria favorecer mais as coisas boas da vida, dar mais recompensas a quem tem intenção de amor no coração.

Ok, para que vocês entendam, o meu Babe é casado, mas está separado da mulher com quem tem um filho lindo de 4 anos acabadinhos de fazer. A família dele (tradicional) não aceita muito bem que ele esteja em processo de divórcio com a mulher (segundo ele diz) principalmente por se dever a ele ser um desvairado que se perde com um rabo de saia e não ter estado muito presente na vida do filho após o seu nascimento. Daí a pressão sobre ele, demonstrar que é capaz de ser um bom pai; a certeza de uma nova relação comigo não ser aprovada pela família (que o ajudam com o menino e por isso depende deles); o anseio de independência e ao mesmo tempo de aprovação da família para que eles deixem de se meter na vida dele; a mulher que ainda tem esperança de voltar para ele, mesmo após uma tentativa falhada já após a separação; o menino que precisa de atenção; a falta de tempo dele para mim; o trabalho… Enfim! E sei lá mais o quê… Ele não fala muito sobre o assunto pessoal e familiar, por isso eu ando aqui a boiar na maionese, sem saber para onde me virar.

E o propósito desta carta de despedida que escrevi ontem e que ainda não entreguei (a razão deste post): Quero que ele volte para mim, não quero desistir dele, mas não consigo fazer o papel de chata e persistente. Ando no dilema de me aproximar demais, ou de me afastar demais. Mas se ele me diz, com todas as letras, que se quer afastar, apesar de lhe custar e deixa de me responder às mensagens, que posso eu fazer? Peço as forças divinas me ajudem no processo de trazer de volta aquilo que eu quero acreditar que ainda está por realizar. Em troca faço um ritual, para demonstrar dedicação e empenho, todos os dias, depois do trabalho e antes de ir para casa, vou passar em casa dele e também na casa da mãe dele (os dois sítios onde ele possa estar a dormir) e vou rezar para que realmente o propósito seja que eu e ele estejamos juntos e para que tudo se organize nesse sentido. E vou também passar numa igreja (o sítio mais espiritual da realidade da sociedade em que estou inserida) e vou benzer-me. Já fiz isto hoje e vou fazer sempre que tenha oportunidade.

 Só quero a oportunidade de poder lutar e conquistar aquilo que me faz sentir feliz, não é justo que a felicidade passe por mim e eu nem sequer tenha voto na matéria para a merecer ou não. Não quero que a minha felicidade esteja dependente de circunstâncias que eu não controlo nem posso opinar. Quero ter uma oportunidade entre mim e ele, quero fazer parte!

(Quero agradecer à Girassol e ao Pimpolho – as únicas duas pessoas a quem contei que tínhamos terminado a relação – pelas mensagens que me têm mandado a perguntar se está tudo bem, mesmo quando eu não respondo, elas tem valor… muito! Obrigada!)


“If you love something let it go. If it comes back to you, it's yours. If it doesn't, it never was.” Tupac Shakur 

Carta de Despedida

Isto é uma despedida. Triste, mas é!

Todo adeus é triste e torna-se ainda mais dramático quando dito a alguém que se ama tão perdidamente quanto eu te amo a ti (estou realmente de coração partido e com a cabeça às voltas).
Certamente nem tiveste noção dos meus sentimentos de tão perdido que estás nesse teu abismo, não tiveste noção dos sonhos com que me comprometeste quando falaste em morarmos juntos e em termos filhos, coisas ditas sem pensar, só para dar ênfase ao papel romântico que gostas de desempenhar, que pensavas que por mim passavam a correr lá para longe, mas que cá dentro muito me fizeram divagar de esperanças. Eu não posso deixar de te dizer isto, porque quero que saibas que realmente eu te amo, que te amei de verdade, que realmente eu levei tudo a sério, que realmente eras muito importante e que me despedaçaste o coração. Mas apesar de tudo eu sinto-me feliz por teres entrado na minha vida, pois despertas-te em mim, algo que eu pensava que já não conseguia sentir.
Neste momento peço a Deus que me ajude a entender a lição, o porquê de tudo isto, o porquê de tanta coisa e de ter sido tão intenso. Talvez assim eu me possa encontrar… Porque eu estou para aqui a pensar e não consigo entender tudo o que se passou, mas também amor e razão jamais conseguiram viver harmonicamente.
A ti pedi-te 5 minutos, só isso, mas tu não foste capaz, passeaste sobre a minha dor… Foste covarde e fugiste, sem uma palavra, sem deixar que ao menos nos despedíssemos. Não tiveste coragem de dar a cara à situação que tu próprio geraste. Talvez um dia, quando me acostumar com tudo e a poeira baixar, eu constate que em certa parte foi melhor assim, foi mais digno porque assim não me sujeitei a forçar por manter, pois insistir é um insulto diário, é um enxovalhar de todos os bonitos sentimentos que se podem guardar. Vamos apenas libertar, discretamente e calmamente, sem dizer nada, sem esbracejar ou chorar.
Apesar de tudo foi bom ter-te encontrado no meio de tanta gente chata, aborrecida e sem graça. Tu fizeste-me voltar a acreditar que era possível existir um amor puro, verdadeiro, quando eu já tinha desistido de procurar. Sim, tenho de te confessar que te acho um ser fantástico em todos os aspectos, mesmo os que tu enumeras pela negativa. Tu cativaste-me desde o primeiro segundo em que realmente te “vi”. Tu não podes imaginar, o quanto eu fiquei feliz. Foi lindo, foi mágico, foi como eu sonhei!
Nunca te pedi nada em troca, porque mesmo quando estavas distante eu tinha-te o tempo todo dentro de mim, dentro do meu universo, eu procurava-te, eu sonhava contigo. Eu pensava que naquele momento em que te conheci tínhamos estado na hora certa e no lugar certo... Era a nossa história de amor! Naquele momento, tudo tinha sido tão perfeito…
Mas era a altura errada para alguém novo!
E tudo o que começa de forma errada nunca se acerta. Mas olha… começou e eu não consegui evitar. É que foi tudo tão de repente, tu surgiste do nada! Se calhar fui eu que te coloquei alto demais, mas tu fizeste nascer a esperança e então eu passei a não querer acreditar que tu tinhas de partir mais cedo ou mais tarde. Mas eu sabia que nós andávamos na corda bamba, que cada segundo que eu passava contigo poderia ser o último e por isso tentei aproveitar o máximo possível e foram alguns dos momentos mais bonitos da minha vida.
Se eu apenas soubesse como te por de parte dos meus pensamentos!
Depois que te conheci, passei a pensar no “nós”. Agora preciso reaprender a ser uma metade de nós dois em busca de si mesma.  Serei de nós dois a parte que ficou… Ficou triste e desamparada, cheia de sonhos perdidos, mas cheia de vontade de seguir adiante, porque a vida não acaba quando um amor acaba, ela apenas toma uma nova direcção.
Eu já tinha percebido há algum tempo que tu criavas aquela distância e que às vezes te afastavas, mas agora percebi que o que realmente existe é um grande abismo entre nós e não há palavras que possam servir de ponte. Há um vazio expectante. Um silêncio desconfortável. Um entreolhar confuso um para o outro. Porque quando um não quer, dois não dançam. Não dá para fingir que está tudo bem e que a tua distância é apenas normal e circunstancial. É preciso encarar a realidade como adultos, com coragem e sabedoria.
Nem me adianta sentir raiva, remorso ou mesmo frustração, porque o fim já aconteceu quando eu ainda estava anestesiada a pensar que podia ser só minha impressão. Agora preciso apelar à coerência para conseguir manter alguma decência nesta hora. Porque, vamos ser realistas, não se pode viver uma história de amor quando amor não existe, não é? E eu não vejo aquele amor intenso nos teus olhos. Eu não o sinto na alma… acredito que todas as limitações interiores te impeçam e que lá no fundo até gostes de mim, mas nada que seja suficiente para te manter aqui junto.
Acho que neste momento teria que mudar o mundo todo à tua volta para fazer com que me visses com os olhos de quem realmente vê alguém, para poder ser a única, e possivelmente seria uma caminhada sem fim… até quando eu iria conseguir aguentar lutar pelo teu amor? Eu queria-te amar como tu merecias, mas tu não percebias, eu queria saber como te dar a mão, mas tu não querias aceitar ajuda. Dei-te o meu amor, mas tu fechaste-te dentro da tua concha.
De verdade que até é fácil compreender o teu cansaço, difícil é entender a tua indiferença, a tua distância. O silêncio é que fere… Quando as pessoas falam e discutem, pelo menos deitam para fora as magoas antes que elas criem raízes e por isso eu te pedia “Aiii! Discute comigo mas não fiques calado”. É insuportável o som do silêncio quando se sente que há tanta coisa que precisa ser dita.
Mas eu entendo o teu lado, não penses que não!
Imagino que, como apaixonado que és, te tenhas deixado render aos encantos de uma paixão, como tantas vezes te aconteceu e que mesmo sabendo que ela te levava a cometer uma loucura, não resististe em deixar-te cair em tentação mais uma vez… E agora, apesar de teres achado tudo muito bom, o fogo passou e a realidade caiu sobre ti e tu arrependeste-te de seres desmedido e quiseste remediar toda a situação. O que eu penso é que quando deixaste que nos envolvêssemos de maneira mais séria nem pensaste nas consequências que tal atitude iria implicar na tua vida pessoal e familiar. Eu entendo… Pensaste que eu iria falhar e desistir a meio, que não ias ter que desempenhar este papel porque era eu que não estava à altura do compromisso. Eu compreendo… Agora que caíste na crua realidade, já achas que esta pequena aventura deliciosa tem um preço muito alto a ser pago e que não vale a pena comprometer coisas estáveis da tua vida apenas em função da satisfação dos teus desejos. Eu sei que sentes que jamais esquecerás os momentos maravilhosos que passamos juntos e que sentirás saudades e que esperas não estar a tomar a decisão errada, mas que infelizmente, para ti neste momento não dá mais e pensas que o melhor a fazer é afastarmo-nos, por muito difícil que seja, antes que as coisas tomem outras proporções e seja cada vez mais difícil de te libertares… E que acreditas que eu seja capaz de compreender as razões subentendidas que te levaram a decidir pela nossa separação, porque é impossível conciliar… Eu sei! E que esperas que não reste mágoa nem rancor em mim, que não me marque para sempre… blá blá blá! Mas nada disso acaba com a esta dor…
Sei que vou chorar todas as lágrimas possíveis e as impossíveis, mas vou guardar isso para mim e aprender a sofrer sozinha. Amor não deveria causar dor, mas ela está sempre no caminho que atravessamos. Amar dói. Dói sempre, e como dói! E deixar de amar não causa alívio, deixa um buraco. Aí está a difícil escolha. Escolha que na verdade nem temos! Como se fosse possível comandar o coração que está dentro de mim e dizer-lhe para amar ou não amar! Ele tem vida própria, nunca aprende! E tu brincaste assim com ele como se fosse de papel, só porque é jovem e sem compromissos. Mas eu digo-te, durante a vida posso ir-me apaixonando, varias vezes, mas serão poucas as vezes que me vão tocar assim no coração.
No meu entender, o pouco que existiu foi bom, era suposto ter ultrapassado todas as barreiras e por isso me mantive perto. Se eu te atrapalhei ou fui um empecilho para ti, não foi realmente com essa intenção, lamento imenso. Podes ter certeza, de que cada momento, de que cada pensamento meu, foi sincero. Adorava ficar ao teu lado, sentir o teu abraço, o teu cheiro, o teu calor, a ti!
Guarda os nossos sorrisos, guarda os nossos abraços e os momentos que pareceram eternos. Lembra-te de algumas discussões, mas só daquelas em que nos reconciliamos. Lembra-te do “Amo-te” que nunca te disse…
Estas são as minhas últimas palavras sobre este assunto, não que eu queira, mas assim quiseram as circunstâncias. Palavras verdadeiras, palavras que serão inúteis, mas que vêm do fundo do coração. Sei que é o momento em que tenho de te deixar partir da minha vida, não vou mentir que está ser difícil. Se eu pudesse, voltava e congelava o tempo, mas já não há tempo… Foi-se o tempo! E de uma coisa devemos ter certeza, o tempo não volta.
Eu sou mulher de um homem só, até que ele me prove ao contrário… foi assim que a ti me entreguei cheia de vontade e foi muito bom, foi boa a convivência e sinto muito que me tenhas excluído da tua vida e que prefiras seguir sozinho a partir de agora esse duro caminho. Agora deixamos de pertencer um ao outro, estamos a tomar rumos diferentes, mas podes ter a certeza de que nunca te vou esquecer e que enquanto vais embora da minha vida aos poucos, estarás a levar um pedaço do meu coração para sempre contigo. Não quero que tenhas pena de mim, ou que penses que eu estou a sofrer por tua causa. Quero que saibas que eu estou feliz pelo simples fato de ter tido a oportunidade de te tentar conquistar… E mesmo que os nossos caminhos nunca mais se cruzarem, eu vou seguir em frente feliz, pois quando olhar para trás, tu vais lá estar, a fazer parte de um momento especial do meu passado.
Eu farei tudo para seguir o meu caminho, mesmo sem o teu olhar e mesmo se por acaso sentir vontade dos teus carinhos, com certeza eu vou superar. É possível que existam aquelas noites em que eu possa pedir a Deus para te trazer de volta para perto de mim outra vez, porque dentro do meu coração vai sempre restar aquela saudade… E acordarei de madrugada a pensar que o mesmo destino que nos cruzou te poderia trazer de volta, mas isso é pura ilusão, porque nada volta, cada amor é único. Seguirei o meu caminho e não irei mendigar pelo teu amor, nem vou querer o teu ombro, vou apoiar-me em mim, sei que não me vou desapontar!
E se eu me cruzar contigo na rua, vou sempre te dar uma palavra e um sorriso, mas vou seguir em frente.
Poderei ser tua amiga, a melhor que já tiveste, mas não me peças para deixar em stand by o meu amor. Ele não ia saber estagnar, mesmo que eu lutasse seriamente com ele. Tu não precisas de um coração perdidamente apaixonado por ti, tens de deixar de incentivar o romantismo. O que tu precisa é de uma amiga… E aqui terás, só que como não é fácil separar as coisas, fica esta carta como uma despedida desse amor, para que nasça a amizade que se vai manter. Então deixo o meu amor nestas linhas, tenho ainda lindos momentos para recordar, de tudo o que vivemos no passado.
O futuro de nós dois já não existe. Digo a mim mesma para não ficar triste, mas lá no fundo da minha alma já nem ouço o que digo. Melhor ir dormir e sonhar com estrelas. Amanhã serei apenas mais um alguém que se esbarrou no caminho do amor desencontrado. Já não tenho mais inspiração, já me faltam os sentimentos… Assim a vida quis…Assim quiseste tu. Mas eu vou respeitar-te e vou sair… Com uma lágrima no canto do olho, porque nem tive a oportunidade de um momento pleno para te conhecer bem.
O meu coração despede-se de ti triste, mas com a esperança que sejas feliz. Desejo-te toda a felicidade do mundo, espero que encontres alguém que te complete e espero que da próxima vez que a felicidade te bata á porta, tu não abras a porta errada. Tenta estar mais atento ao que a vida te dá, tenta entregar-te a esse amor da mesma maneira que eu te entreguei o meu coração e espero que assim encontres aquilo que eu não te pude dar.
Sê feliz, porque onde quer que eu esteja, também estarei assim. Desejo-te boa sorte, do fundo do coração, para o caminho que te espera.

Com muito carinho,
Bella