Páginas

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tudo tem um propósito!!

                Quero acreditar que tudo da nossa vida tem um propósito, nada pior de imaginar do que nada na minha vida ter um sentido, que não estou cá para cumprir missão nenhuma e que quer eu esteja, quer não, pouco importa.

                Quero acreditar que existe mesmo uma força maior que nos une e nos orienta a todos no nosso caminho… e que juntos criamos tipo uma onda.

                Quero acreditar que não me cruzei com ele por mero acaso, que estava mesmo previsto que as nossas vidas se aproximassem e que fossemos importantes um para o outro…

                Não que ele não tenha sido importante, mas só isto? (Entenda-se que não me refiro à qualidade, mas sim à quantidade…) É mesmo suposto acabar aqui? Será que ele não me ama mesmo o suficiente para criar algo especial? Ou sou eu que estou a dramatizar e como geralmente acontece à humanidade, são os caprichos impossíveis que nós mais queremos ter e nos recusamos a abdicar? Não costumo ser dessas coisas… Não! Recuso-me piamente a acreditar que um mero capricho me faz sentir assim… Um capricho não se mantém perfeito por tanto tempo e não acontece assim inevitavelmente como um íman.

Será que foi o início diferente que me fascinou? Mas tem sempre que começar por algum lado, por algum pormenor! Um amigo (Golden) disse-me uma vez que quando criamos confusão na cabeça das pessoas, por momentos podemos entrar no inconsciente delas e leva-las a acreditar naquilo que nós queremos… Se calhar ele criou-me confusão e eu rendi-me… Faz sentido! No inicio parecia que eu não me comportava como eu própria, parecia uma miúda com formigueiro na barriga sempre que nos encontrávamos (ahhh! Tão bom!!). Mas para mim a confusão não foi confusão nenhuma… Ainda bem que existiu, mesmo que não propositada.

Tive outro amigo (Kutxi) que além de me dizer que eu penso demasiado sobre as coisas e que sou demasiado precipitada/radical, me disse que eu só me iria render a um amor que me fizesse lutar e ter de esperar e ter de ir com a calma que eu nunca tenho… Ou melhor, nunca uso. Já dizia William Shakespeare que a paciência requer muita prática! Eu simplesmente não gosto muito de a praticar. Neste caso talvez a espera não me incomodasse porque eu estava perto dele, principalmente quando estávamos juntos, eu sentia-o junto de mim. Ok! Não muitas vezes, daquelas vezes que estava distante e não falava, parecia que estava do outro lado do mundo, mas quando ele estava perto, valia a pena ter esperado.

E ainda há o caso daquela senhora que me leu as cartas naquele momento caótico da minha vida e me disse para eu não me preocupar, que a minha intuição me ia guiar no bom caminho e que dificilmente eu me iria enganar com as pessoas… Não me acredito que me tenha enganado logo com ele! Não me costumo iludir assim, não pode ser sido só ilusão minha, eu senti, ia e voltava (havia feed back), foi real, era intenso! A Taróloga também me disse que eu ia encontrar alguém com quem ia viver algo intenso, sincero, preenchedor, sem mentiras, mesmo genuíno… Ela disse que seria em Maio, mas em Maio nada apareceu. Acho que posso ter sido eu que sofri demasiado na expectativa e por isso adiei o processo (não considero nada bom saber o Futuro, fico demasiado impaciente para que aconteça e depois é uma desilusão quando nada surge, mas pronto, valeu a pena naquele momento, pelo menos criei um objectivo no Futuro e libertei-me do Passado… Fui-me libertando!). Mas só podia ser dele que ela falava… Tudo com ele era tão perfeito! É normal que não encontrar nenhum defeito numa pessoa que nos dê motivo para nos afastarmos dela? Com ele era assim, fico fula da vida de não ter tido oportunidade de viver uma linda história de amor… Porquê que é tudo tão complicado? Devia ser simples! Quem quer que seja que nos orienta deveria favorecer mais as coisas boas da vida, dar mais recompensas a quem tem intenção de amor no coração.

Ok, para que vocês entendam, o meu Babe é casado, mas está separado da mulher com quem tem um filho lindo de 4 anos acabadinhos de fazer. A família dele (tradicional) não aceita muito bem que ele esteja em processo de divórcio com a mulher (segundo ele diz) principalmente por se dever a ele ser um desvairado que se perde com um rabo de saia e não ter estado muito presente na vida do filho após o seu nascimento. Daí a pressão sobre ele, demonstrar que é capaz de ser um bom pai; a certeza de uma nova relação comigo não ser aprovada pela família (que o ajudam com o menino e por isso depende deles); o anseio de independência e ao mesmo tempo de aprovação da família para que eles deixem de se meter na vida dele; a mulher que ainda tem esperança de voltar para ele, mesmo após uma tentativa falhada já após a separação; o menino que precisa de atenção; a falta de tempo dele para mim; o trabalho… Enfim! E sei lá mais o quê… Ele não fala muito sobre o assunto pessoal e familiar, por isso eu ando aqui a boiar na maionese, sem saber para onde me virar.

E o propósito desta carta de despedida que escrevi ontem e que ainda não entreguei (a razão deste post): Quero que ele volte para mim, não quero desistir dele, mas não consigo fazer o papel de chata e persistente. Ando no dilema de me aproximar demais, ou de me afastar demais. Mas se ele me diz, com todas as letras, que se quer afastar, apesar de lhe custar e deixa de me responder às mensagens, que posso eu fazer? Peço as forças divinas me ajudem no processo de trazer de volta aquilo que eu quero acreditar que ainda está por realizar. Em troca faço um ritual, para demonstrar dedicação e empenho, todos os dias, depois do trabalho e antes de ir para casa, vou passar em casa dele e também na casa da mãe dele (os dois sítios onde ele possa estar a dormir) e vou rezar para que realmente o propósito seja que eu e ele estejamos juntos e para que tudo se organize nesse sentido. E vou também passar numa igreja (o sítio mais espiritual da realidade da sociedade em que estou inserida) e vou benzer-me. Já fiz isto hoje e vou fazer sempre que tenha oportunidade.

 Só quero a oportunidade de poder lutar e conquistar aquilo que me faz sentir feliz, não é justo que a felicidade passe por mim e eu nem sequer tenha voto na matéria para a merecer ou não. Não quero que a minha felicidade esteja dependente de circunstâncias que eu não controlo nem posso opinar. Quero ter uma oportunidade entre mim e ele, quero fazer parte!

(Quero agradecer à Girassol e ao Pimpolho – as únicas duas pessoas a quem contei que tínhamos terminado a relação – pelas mensagens que me têm mandado a perguntar se está tudo bem, mesmo quando eu não respondo, elas tem valor… muito! Obrigada!)


“If you love something let it go. If it comes back to you, it's yours. If it doesn't, it never was.” Tupac Shakur 

2 comentários:

  1. Decidi ler-te desde o início, é assim que gosto de fazer quando começo a seguir algum blogue, e logo no primeiro post percebi qual era a tua situação, ou melhor a dele. Não precisei de chegar a este post para ler com todas as letras o seu estado civil. Sabes como é, quando estamos na mesma situação reconhecemo-nos.
    E faço minhas as tuas palavras: também eu estou a "boiar na maionese, (...) no dilema de me aproximar demais, ou de me afastar demais".

    ResponderEliminar
  2. Xiiii k trabalho mulheri! =) mas obrigada *

    Fizeste-me a mim ler novamente este post... e sabes que mais? Hoje eu poderia voltar a escrever tudo isto… deu-me uma sensação de impotência... é que até hoje muita coisa aconteceu e nada mudou… Meu Deus! Como é que é possível esta espiral? Como é que esta situação se mantém? Como é que eu me mantenho ainda com tanta esperança como à 3 meses atrás?

    Se não é amor então não sei o que é…:)*

    ResponderEliminar