No telemóvel não tenho o número de ninguém, não tenho mensagem de ninguém, não tenho ninguém a quem dizer o que quer que seja.
Sinto saudades do que nunca vivi, sinto que perdi o que nunca foi meu… Parece que ando aqui a tentar viver uma vida que não é minha, que não me pertence e que estar aqui ou não estar é exactamente a mesma coisa. Nem sequer faz sentido desistir de querer o que quero, porque não tenho ninguém a quem dar satisfações disso. É um sonho exclusivamente meu sem pés na cabeça que só se alimenta da minha ilusão. Vou desistir do quê? Para quem? Com que finalidade?
Manter as mesmas teorias soa a birra e teimosia. E só de pensar em voltar a começar do zero já me deixa cansada só de imaginar. O que antes era concreto já não soa tão convincente neste momento, principalmente quando nos deixam com a sensação que independentemente daquilo que fizermos ou provarmos, os dados já estão viciados e vão acabar por cair sempre do mesmo lado.
Para isso já nem vale a pena dizer mais nada. Já sou a única a manter a esperançadas de coisas boas, a tentar mudar alguma coisa e também a única a meter-me onde não sou chamada, onde já não é suposto ter lugar, num momento em que para os outros já chega de tentar, já chega de achar que vai ser diferente. Se calhar a minha teoria já não tem mesmo lugar... Eu é que imaginei que já estava perto!! Mas não estava nada...
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