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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

In love ♥

                Ando no paraíso! A vida corre tão bem…
                Hoje foi a primeira vez que o Babe me fez cócegas! Claro que não é por isso que eu digo que a vida corre bem, várias coisas boas têm acontecido, mas muitas vezes são os pequenos detalhes a que nós chamamos pormenores, que são os “pormaiores” no que diz respeito aquilo que nos torna seres felizes.
                Foi tão bom! Não foram cócegas sem querer, daquelas que nos dão arrepios quando nos falam mais perto do ouvido. Foram mesmo cócegas a sério, feitas com as mãos (ou as pontas dos dedos), daquelas insistentes que nos fazem dar gargalhadas e espernear. Tão lindo! Tão bom rir com quem nós amamos!
                Sou mesmo totó, ando mesmo apaixonada. Pelo beicinho mesmo! Qualquer coisa que venha dele é uma alegria, nem das discussões consigo desgostar, ele é tão charmoso quando fica chateado, e é tão mais fofinho quando perde a razão (para variar de vez em quando, não pode ter sempre o rei na barriga) e é tão amoroso quando dá o braço a torcer e finalmente fazemos as pazes. Uiiii!...

Quem me ouvir até pensa que anda tudo em meu favor, como se só faltasse mesmo sair-me o euromilhões. Mas não, é só mesmo o facto de andar apaixonada que adoça tudo e me faz gostar de ser quem sou, de viver esta vida e que torna tudo o que é sem sentido em tudo o que é fundamental. Não me posso sentir mais grata, adoro a minha vida, aliás, sempre adorei, mas como toda a gente, também passei por maus momentos. Mas nunca na minha vida fui pessimista e por isso mesmo, sei que o melhor a fazer e também aquilo que eu sei fazer melhor é aproveitar e espremer todo o sumo destes bons momentos com o entusiasmo de uma criança que nunca viu o mar =)

O lado que muita gente encararia como negativo mas que eu só consigo achar curioso por ser um ponto de vista diferente (distorcido, para mim), é o facto da Patroa me ter dito que gostava de me ter subido a mim de cargo não fosse eu ser tão inconstante. A mim só me da para me interrogar, “ mas inconstante em quê?”.
Eu sou constantemente inconstante, se é isso que ela chama ao que eu sou. Simplesmente eu não chamo a isso ser inconstante. Para mim eu sou rebelde sempre, descontraída e “na boa” umas vezes, resmungona noutras… Sou coração na boca, digo logo tudo o que tenho a dizer, sem medo de dizer algo errado se é aquilo que me está a passar pela cabeça naquele momento. Enganam-se aqueles que acham que eu digo tudo sem pensar, eu digo é tudo aquilo que penso, bastante diferente. Não tenciono guardar opiniões ou comentários para alturas mais convenientes, porque para mim a altura mais conveniente de se falar sobre um assunto é durante o assunto. Eu sei que aos olhos dos outros, sou inconveniente, em certos momentos, mas é que se deixar passar o momento, acaba por se tornar despropositado, deixa de vir ao caso, deixa de criar o impacto necessário, logo, deixa de ter valor, deixa de valer a pena e só se ganha uma boa oportunidade de estar calada. Não, não tenciono ficar calada, se me fizeram com boca é para eu usar. Não, não tenciono guardar nada para mim, nem tão pouco guardar a minha humilde opinião pessoal… Lamento!  Mas lá porque eu penso de uma determinada forma, não quer dizer que esteja limitada a agir nesse sentido, sou muito bem capaz de pensar de uma forma e agir de outra se assim tiver de ser. Se me dão uma ordem, eu posso não concordar, posso dar a minha opinião contrária e ainda assim, cumprir com o que me foi pedido na perfeição. Digam-me se é necessário colocar duas palas para ser eficiente em qualquer tarefa?... Oh pah! Pelo menos nunca ando entalada com nada, digo o que penso e passa-me logo. O que eu digo não quer dizer nada, tudo o que queria dizer, já disse.
Sim, eu sou chata. Não me calo enquanto não atinar com uma coisa. “Mas porquê que…?!”; “E se…”; “Então mas…”; “Ai é?”; etc… Constantemente! Eu sei que consigo ser saturante, mas antes saber bem do que fazer mal. Lamento imenso! Existem sempre duas opções, gostar ou não gostar =P lol
Mas em compensação considero-me muito respeitadora e obediente, sei separar bem as coisas, gosto de normas bem definidas, mas também sou bastante adaptável às preferências dos outros, às necessidades dos outros. Sou humana, mas também sou exigente a promover a igualdade. Adoro comunicar, passar informação, sou completamente a favor da liberdade de expressão sem represálias. É óptimo comunicar com a nossa equipa para que todos trabalhemos com o mesmo fim. É óptimo conhecer outros pontos de vista pois leva-nos a repensar nos nossos próprios, no sentido de progredirmos e promovermos a sintonia e o equilíbrio com o resto do grupo.
E diz-me a Patroa que eu devia ser mais dura? É pah… mais?! Mas quê? Dura no sentido de ser mais vincada ainda, ou dura no sentido de levar as coisas com a garra (ou o stress) de querer ser infalível e de atingir um objectivo que possivelmente nem me iria tornar feliz? Realmente nesse aspecto não sou dura, não ando a perseguir nenhum objectivo, nem tenciono dar provas de nada a ninguém. Limito-me a dar o meu melhor no meu trabalho de uma forma que me dê prazer e não de uma forma que me deixe K.O. Eu sei que o trabalho não mata, mas mói e eu não ando aqui para me chatear com um mero part-time, santa paciência! Mas a ideia era o quê? Andar a dar o litro para receber o mesmo? Se não me dão o cargo eu também não me vou dar ao trabalho, não é? Só depois de me darem a função é que eu a vou desempenhar, não vou desempenhar um papel que não me compete a mim. Para esse trabalho já pagam a alguém, então esse alguém que o faça.
Não fico triste por não ter ganho o lugar, eu sei que de certa forma ainda não estou preparada. Mas não pelo facto de não ser capaz, porque eu seria capaz, simplesmente não sei se me sinto com disposição de assumir novas responsabilidades, outros horários, definir este rumo afunilado e tão pouco expansivo para a minha vida, de abraçar tão pouco como objectivo. Ok, tudo bem!! Eu não tenho nenhum objectivo, mas o simples facto de não ter nenhum objectivo já é expansivo, pelo menos tenho sempre a possibilidade de me empenhar naquele que bem me apeteça =) . Eu vivo o dia-a-dia e é em cada dia que eu vivo a vida, cada dia é especial e cabe-me a mim torna-lo especial, e eu só consigo imaginar que os meus dias iriam-se tornar monótonos, cansativos e saturantes... Não é uma imagem lá muito tentadora, principalmente para quem andou em artes… Seguir este caminho, tão pouco criativo e tão pouco produtivo, é como ver um filme a preto e branco… Não dá tanto prazer! Aiii! Tinha de me mentalizar muito bem antes de embarcar nessa jornada.
Pela experiencia seria tentador, claro! Mas não posso levar as coisas tão levemente. Todas as decisões que tomamos na nossa vida têm consequências, e é o poder de fazermos escolhas que nos torna pessoa livres, mas nunca devemos esquecer-nos que a nossa liberdade acaba quando começa a liberdade do outro e é bom ter consciência de que as nossas decisões podem afectar outras pessoas. Não quero assumir um compromisso sem estar convencida que estaria à altura, não me vou enganar a mim própria, nem vou ignorar os aspectos que são fundamentais para mim. São os meus valores! Não é só pelos outros, é muito mais por mim – que eu sou egoísta e penso sempre primeiro no meu bem-estar – e a mim não me faz sentir bem criar inconvenientes aos outros. Não quero sentir-me com necessidade de desistir a meio, não quero falhar nas expectativas daqueles que apostaram em mim, não quero entrar num rumo que não tem volta a dar, porque ao avançar não posso mais recuar. Ou tudo ou nada…
Seria uma decisão difícil, mas neste momento não vou ter de a tomar! Melhor assim… =) os estados de ansiedade deixam-me nervosa, e os nervos criam rugas :P… Lá está!! Tudo tem o seu lado positivo! Não tenho o cargo mas também não tenho aborrecimentos. E como não me tiraram nada, simplesmente não me deram nada de novo, não me sinto como se tivesse perdido alguma coisa. Aliás, quem perde é a Patroa ;P

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