Páginas

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Conflito!

Se existe algo que me deixa abatida é quando sou acusada de alguma coisa sem motivo ou razão. Não suporto injustiças, principalmente quando vem daqueles a quem dou mais valor.
Não sei o que pensar destes momentos. Não sei se os considero simplesmente uma forma de libertares stress, sem pensar e sem intenção de dizer aquilo que realmente acabaste por dizer, ou se realmente têm significado e já são coisas pensadas anteriormente que, nos momentos de conflito, saem desmedidas.
Se calhar para ti, que as dizes, são palavras absolutamente inofensivas e sou eu que não as encaro da melhor forma, mas não posso mudar o que sinto!

Dizes sempre que não me encaras como imatura e que se assim não fosse não estarias comigo, mas em oposto acabas sempre por, de forma subentendida, referenciar isso como um obstáculo.
• Mencionas sempre o facto de eu ter a vida toda pela frente, e de me ir acabar por cansar de ti quando me aperceber das oportunidades e experiencias de vida que estou a abdicar para estar contigo;
• Porque há tanta gente gira que eu vou ter vontade de conhecer, como se fosse a beleza que me fizesse feliz;
• Falas que eu não vou aguentar o teu mau feitio e que cada vez ele se vai intensificar mais, como se eu não gostasse do teu feitio e viva na esperança de que não existam obstáculos e maus momentos numa vida a dois;
• E que vou-me aborrecer com os teus programas pouco interactivos, como se eu não gostasse de assistir a um filme ou fazer o jantar em casa;
• Hoje até já me disseste que eu não estava preparada para viver com alguém (então porquê que me dizes que queres que isso aconteça o quanto antes?);
            • Referes incansavelmente o facto de que eu terei saudades de curtir as minhas “noites” (mas achas que considero isso um bem essencial do qual eu não posso abdicar, ou, em oposto, achas que é obrigatório que nunca mais saia com as minhas amigas para que tudo esteja bem entre nós?);
            • Para ti, o facto de não ter contas para pagar, compromissos para a vida (como filhos, ou casamentos), projectos concretos (como um trabalho em que tenha que me ralar), faz com que leve as coisas (o relacionamento inclusive) demasiado na desportiva e despreocupadamente;
            • Mas noutros momentos, alegas que eu problematizo demais e que não estás numa situação em que precises de mais problemas (não me lembro de algum dia ter iniciado uma discussão, ou ter considerado alguma coisa um problema);
           • Em certos momentos é um problema que não tenha mais nada para fazer porque acabas por te sentir na obrigação de estar comigo e não tens tempo e achas que eu preciso de mais, quando eu nunca te cobrei nada, nem de perto, nem de longe;
            • Noutros o problema é eu querer arranjar alguma actividade, ou estar entretida com alguma coisa banal, ou simplesmente dormir até tarde, que já é motivo para que alegues que o meu estilo de vida é completamente diferente do teu e que é normal que eu queira é tempo para dedicar às minhas coisas, como se eu não tivesse tempo de sobra para tudo e todos.

            Mas porquê que tudo tem de ser um problema? E porquê que parece que os problemas são todos meus e relacionados comigo e com os meus princípios (ou falta deles) como se eu fosse uma inconstante, incongruente, imatura, desequilibrada, irresponsável, etc? Dou mesmo essa ideia? Pensava que sempre tinha sido firme assertiva e positiva em todas as situações, mesmo quando tu começas a considerar que o nosso relacionamento não vai dar certo. Penso que o simples facto de existirem condições pelas quais eu ainda não passei, como ser esposa, mãe, chefe, dona de casa ou velha não queira dizer que não serei capaz de as realizar. Isso é defeito? Já fui namorada, filha, funcionária, dona de nada e adolescente e por isso estou consciente do lado oposto e tenho a certeza que estarei à altura do desafio se um dia surgir a oportunidade.

            Gostava que me desses um exemplo em que eu demonstrei estar indecisa ou incerta de que é realmente contigo que eu quero ficar. Ou um momento em que eu tivesse demonstrado não ter consciência da situação em que me estava a meter. Ou de um momento em que tenha sido eu a sugerir ou apoiar a ideia de desistir e acabar com tudo. Será que ainda assim continuam a faltar motivos para achares que eu não tenho intenção de manter ou construir alguma coisa? Como tens coragem de me dizer que parece que estou a gozar contigo? Não consigo entender… É frustrante! Sinto-me impotente.

Não, não ando aqui a gozar! Se andasse aqui por gozo, tens de concordar que não iria sujeitar-me a certas situações, porque não me dão gozo algum.
Dizeres-me que bastava um telefonema para A Outra voltar para casa é cruel, comigo e com ela. Fica-te mal dizer, só mostra que realmente continuas a dar esperanças a duas situações. Além de que não deveria ser tão fácil para ti assumir isso verbalmente, principalmente com a atitude com que o fazes. Não sentes vergonha em dize-lo? Nem sei que postura tomar perante isso! Acabo por me remeter ao silêncio e ficar imparcial, porque na verdade, mesmo que não dissesses nada, eu iria saber que essa é a verdade, logo não faz sentido que me sinta surpreendida com a afirmação e reaja como se algum dado que eu já não soubesse de antemão, tivesse sido revelado. Também não sinto que tenha de tomar nenhuma atitude, ou exigir alguma atitude da tua parte em relação a isso, porque na verdade eu sei que não é o momento certo e concordei, desde início, em aguardar, logo, se não é para tomar nenhuma atitude e se tenho consciência de que não é nada que eu já não soubesse, então mais vale desvalorizar… Não vou estar a bater nessa tecla, não me está nas minhas mão mudar a situação.
Causa-me transtorno simplesmente porque não faz sentido que digas isso a quem te ama. Devias saber que não é algo agradável de ouvir, mas de qualquer forma, também não devo ser eu a consciencializar-te para o efeito nocivo dessa afirmação. Além do facto de tu próprio já seres crescidinho o suficiente para medir as consequências das tuas palavras, também não me cabe a mim tentar limitar a tua liberdade de expressão (princípio prioritário e fundamental para mim) porque um dos meus grandes interesses, passa por conhecer a verdadeira personalidade e carácter daqueles que me rodeiam (a verdade crua e dura).
Se a intenção seria a de dar a entender a tua vontade de estar perto de mim, não faz sentido que o digas num discurso prepotente e de ataque Babe! O que eu mais preciso é de sentir o teu apoio nesse campo… E não sinto apoio quando me atiras isso à cara, porque se a intenção seria a de simplesmente me mostrares que estás comigo porque queres, então a escolha de argumentos não foi a mais feliz. Acaba por ter uma interpretação muito mais abrangente… Leva-me a ter certeza que, ao contrário do que seria de esperar, também não estás efectivamente comigo porque, de facto, não estás é com nenhuma de nós assumidamente. Pode ser encaminhado também para a vertente em que ela não deixou de facto, de ser uma opção para ti e que realmente queres continuar a manter essa hipótese. Esperas com isso que eu pense que estás comigo de verdade? Só me dá vontade de te bater…

Há coisas que me revoltam, sim. Coisas que não te digo porque não tenho vontade de gerar uma discussão e que, quando discutimos, não digo porque não considero a melhor atitude partir também para o ataque e criar mais conflito quando a luta é para o bem-estar e para a resolução rápida e eficazmente da situação.
Não me importo com o teu mau feitio, só me entristece a tua falta de consciência de como te tornas injusto em certos momentos e que por isso não reconheças o meu esforço, que o vejas nos meus actos, não para me dar razão, não é a razão que eu quero, é simplesmente para que não tenhas dúvidas que te amo e que vou lutar por ti.

  “In this tug of war, you’ll always win, even when I’m right ‘cause you feed me fables from your hand with violent words and empty threats and it’s sick that all these battles are what keeps me satisfied (…) you’ll always be my hero, even though you’ve lost your mind. (…)So maybe I’m a masochist, I try to run but I don’t wanna ever leave” Rihanna

Sem comentários:

Enviar um comentário