Páginas

sexta-feira, 4 de março de 2011

Mais destas assim não!

 Acho que ainda me tremem os joelhos.

Ora vamos ver:
·         Ontem procura-me, abraça-me, faz-me dar pulinhos de alegria
·         Hoje não me responde a uma única mensagem nem dá sinal de vida.
·         Ligo. Telemóvel desligado.
·         Vou ter com ele ao work. Ligo para o telefone para saber se ainda lá estava, perguntei se estava sem bateria, a que horas saia, etc… E ele diz-me que hoje ia ter que levar umas colegas a casa. Yah tudo bem… fica para amanha.
·         Sai com A Outra.

E pronto… Fiquei parva prá minha vida, tal e qual como se tivesse levado com um estaladão na cara prá acordar para a vida. E não acordei… Fiquei ali, feita tona, com ar esbugalhado, sem perceber nada, a comer as minhas batatas fritas e com a minha cabeça a dar voltas, como se fosse um carrossel daqueles muito decadentes.

É que nem fiquei triste nem revoltada, nem chateada, nem nada… Fiquei só mesmo aparvalhada… Fiquei chocada! Não estava a acreditar naquilo que me tinha passado à frente, não caia em mim, só me passava pela cabeça que eu só podia estar burra…

Ainda me sobraram alguns destes momentos em que não reajo, só fico assim, estúpida. Pensei que já tinha ultrapassado esse traço da minha personalidade, mas não. Quando eu pensava que já pouca coisa me poderia surpreender… Espera lá que eu vou ali bater com a cabeça e já venho.

Depois fui lá… Olhar para a janela à espera de ter alguma reacção, de chegar a alguma conclusão. E é então que surge o Babe cá fora para me dizer que não era nada daquilo que eu estava a pensar (mas eu nem estava a pensar ainda). Ainda tentei dizer-lhe que não havia necessidade de ele ter descido para justificar o que quer que fosse porque eu não lhe estava a cobrar nada, mas como ele fez questão, fiquei a saber que o telemóvel dele tinha avariado e não dava para enviar mensagens e que a mulher dele o tinha ido esperar porque precisavam de conversar para resolver as situações pendentes.

Por isso:

“Fala pouco, nunca alto, fala devagar e com cuidado, fala menos do teu coração do que gostarias porque nunca sabes se tu, ou ele, te mentem. Mantém serenas as tuas palavras e nunca murmures o que queres dizer. Mostra o que vales com o que dizes, sem nunca te comprometeres. (…)
Mostra calma e segurança, mas não vás dois passos à frente. Aprende a ficar quieta quando o mundo te pede que te movas. Aprende a calar se queres que se calem. Aprende a ouvir nos gestos quem te quer bem quando te abraça e quem te quer mal quando te beija. (…)” Margarida Rebelo Pinto

2 comentários: